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terça-feira, 6 de julho de 2010


Pipoca ou Piruá? Eu decidi!

Em tempos difícies (e tom aqui não é de lamentação; não são os primeiros, não serão os últimos e certamente já tive piores), reencontrei este texto que gosto muito e que me deu a certeza de que sou, ou ao menos tento ser uma pipoca danada!

Pipoca ou Piruá?

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.

O milho de pipoca não é aquilo o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.

O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.

Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.

Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo.

Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.

A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: Bum!

E ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente do que ela mesma nunca havia sonhado.

Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisas mais maravilhosas do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.

O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?

(Rubem Alves)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

* * * Bordado na toalha * * *

Caros leitores, hoje quero compartilhar com vocês um fato muito engraçado que aconteceu por esses dias na igreja que congrego.
Vejam só...
No dia 12 de junho foi a festividade do grupo de oração das irmãs. Neste ano decidimos mandar bordar o tema da festa na toalha que enfeita o púlpito com o tema da festa.
Minha mãe já conhecia uma irmã que bordava, então pedimos a ela pra organizar isso pra gente e assim foi feito.
Minha mãe passou pra irmã em um papel o seguinte:

"Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia”
(Salmos 33.18)

Para entregar no dia 04 de junho.


Ou seja, o tema e o dia da entrega.
Quando a irmã entregou a toalha veio a surpresa. Foi uma comédia!
A irmã nos devolve a toalha bordada com o tema (até aí tudo bem), mas logo abaixo, aff...ela bordou também a data da entrega, vê se pode uma coisa dessas?! rrsrrsrrs...
Bom, seria mesmo cômico se não fosse trágico. Pois estávamos apenas há uma semana da festa, e agora?!
Mas minha mãe devolveu a toalha pra irmã arrumar e deu aquele sermão bem caprichado. A irmã concertou e devolveu a tempo de colocar as rendas laterais e depois ser posta em seu devido lugar para a realização da festa.

Aí gente! É cada coisa que acontece, né?! rrsrrs...

Mas no fim tudo acabou bem, graças a Deus e a festa foi uma grande bênção.